Na última sexta feira (29), a WK Outsourcing participou do evento Mesas TI, sobre a Indústria 4.0, promovido pelo SEPRORGS, no Hotel Deville em Porto Alegre.
O salão estava lotado. Todos convidados, cerca de 170 pessoas, fazendo seus contatos.
Antes da palestra principal, Diogo Rossato, presidente do SEPRORGS, falou sobre a importância de inserir a TI na educação básica.
O palestrante do dia era José Rizzo Hahn Filho, fundador da Pollux e presidente da Associação Brasileira de Internet Industrial.
No início, José deixa clara a diferença entre Indústria 4.0 e Internet Industrial.
O termo Indústria 4.0 surgiu na Alemanha. Foi uma iniciativa do poder público de garantir a produtividade da indústria nacional.
Segundo a Exame, “O governo alemão queria tratar de um salto de mudanças tecnológicas, de inovações que permitem alcançar um grau disruptivo de digitalização da produção industrial”.
Já a Internet Industrial teve sua origem nos EUA, e nasceu na iniciativa privada, em empresas como GE e IBM.
“Internet industrial funciona quando TI (Tecnologia da Informação) e TO (Tecnologia de Operações) passam a trabalhar juntos.”
José defende que a indústria 4.0 é mais uma evolução do que uma revolução, pois as tecnologias que possibilitaram seu surgimento não são atuais.
Um exemplo disso é que o primeiro robô industrial foi criado em 1961. Antes mesmo, em 1953, tivemos o primeiro AGV (carro autoguiado). E a primeira impressora 3D data de 1968.
As novidades então se concentram mais nas tecnologias de Cloud Computing e IoT (Internet das Coisas).
Por mais óbvio que seja falar sobre os benefícios da automatização de processos e tecnologias no longo prazo, o fundador da Pollux salienta que os produtos e serviços resultantes da indústria 4.0 irão gerar até 15 trilhões de dólares nos próximos 15 anos.
Essa nova tecnologia vem para resolver um problema da indústria tradicional: a alta demanda por produtos customizados.
Podemos considerar a fabricação de produtos personalizados como ir na contramão, já que a produção de produtos idênticos aumenta a produtividade.
Novas tecnologias são importantes, mas elas não mudam a indústria. Elas possibilitam a criação de novos modelos de negócios.
Empresas como Uber, AIRBNB e Netflix são exemplos disso, pois não criaram as tecnologias que usam.
Existem outras tendências que exigem o surgimento dessa quarta revolução industrial.
Um deles é sobre a economia do compartilhamento. O exemplo dado por José pode ser muito real em seu cotidiano.
Imaginemos um condomínio com dezenas de apartamentos, onde cada um dos moradores investiu dinheiro para comprar uma furadeira. O uso dessa ferramenta em casa é tão raro, que já sabemos que ficarão a maior parte do tempo sem uso.
Se os moradores se juntassem e comprassem uma furadeira compartilhada por bloco ou por andar, seria uma inevitável economia.
Outra tendência é a precificação baseada em uso: uso uma vez, pago uma vez.
Ao utilizar Uber ou BlaBlaCar, o usuário paga apenas pela sua corrida, não arca com os custos de ter um carro em casa, e o dono evita ter seu recurso ocioso (carro parado na garagem).
Por fim, José falou sobre ecossistemas colaborativos entre empresas.
Destacou, de forma bem-humorada, que o Rio Grande do Sul é estado muito bairrista, tradicionalista. E que isso não pode impactar na relação das empresas gaúchas com outras do Brasil ou até do exterior.
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