Ao ingressar no LinkedIn nos deparamos por diversas vezes com as frustrações dos profissionais devido à processos seletivos robotizados e pouco pessoais. Dentre estes, surgem com frequência nomes como o das plataformas Gupy3 e Kenoby.
Acredito que todos temos uma história com estas plataformas de vagas de emprego, e é claro, comigo não seria diferente. Aliás, tenho várias. Mas, vou citar uma que me fez desistir de realizar processos seletivos por essas plataformas.
Minha história com a GUPY
Era início de 2022, e eu estava em busca de novas oportunidades, me candidatei a uma posição na qual possuía todos os requisitos necessários. Passei por todas aquelas fases, teste de português, matemática e de perfil.
Para minha felicidade, em pouco tempo recebi um retorno na plataforma que tinha sido aprovada para próxima fase e uma entrevista seria agendada, que demorou menos até do que o tempo que gastei realizando todos os testes. Após isso, passou uma semana, e nenhum retorno sobre a entrevista.
Acessei a plataforma e não tinha nenhuma atualização. Na outra semana, acessei novamente, e, para minha surpresa, recebi aquela mensagem, que todas as pessoas que já se frustraram com estes processos conhecem: “Após a análise e andamento do processo, informamos que, infelizmente, a vaga já foi fechada e não iremos evoluir com seu perfil para a mesma, nesse momento. Seu currículo permanece em nosso banco de dados, e você poderá se candidatar para futuras vagas conosco!”.
Apenas isso, um retorno genérico, sem um motivo específico, acabando com todas as expectativas de novas oportunidades.
E isso não é um caso isolado, de acordo com outros candidatos que já entrevistei, “você passa muito tempo fazendo testes comportamentais e técnicos que não são 100% necessário, para no fim acabar recebendo uma retorno negativo escrito por um robô. Não temos a chance real de mostrar a que viemos”.
Isso por si só não é exatamente um problema, pois para algumas empresas (principalmente as gigantes), tais testes comportamentais são importantes para o filtro de candidatos. No entanto, existem muitas pessoas que mesmo tendo um excelente perfil comportamental e conhecimento técnico, acabam sendo reprovados nessa triagem.
Aí que renasce a importância do recrutador.
GUPY x recrutadores
Nosso grande diferencial é a possibilidade de conduzir processos seletivos de forma pessoal e íntima. Através do diálogo é possível identificar padrões comportamentais que robôs (ainda) não conseguem. Esse caminho certamente não é o mais fácil, pois demanda muito tempo e dedicação nessas interações.
No entanto, o investimento costuma valer a pena no final. Entendemos que esse processo possa de alguma forma ser visto como algo não prático, principalmente no nosso atual contexto digital. Mas essa é uma oportunidade única de aprendizado tanto para o candidato e o recrutador. É neste momento que traçamos um caminho diferente dos processos robotizado que tem trazido tantas frustrações ao mercado
Autora: Pâmela Neves